Hoje Holmes estava sentado à mesa do café, o que é muito estranho, pois geralmente levanta-se tarde.
Peguei a bengala deixada pelo nosso visitante e a examinei, tinha gravado nela "A James Mortimer, MRCS" e " de seus amigos do CCH, 1884" . Era de madeira de boa qualidade, com castão redondo, logo abaixo do castão havia uma tira de metal de quase uma polegada de largura e algumas marcas que lembravam mordidas de um cão. Quando Holmes - que estava de costas para mim - me surpreendeu perguntado minha opinião, retruquei perguntando como sabia que estava analisando a bengala. Holmes me mostrou o bule reluzente de prata a sua frente. As especulações sobre a o dono do objeto continuou e chegamos à conclusão de que se tratava de um medico que se mudou para o interior e que possuía um cão fiel (que Holmes vira na porta do prédio mais cedo).
Ouço o toque da campainha. A aparência do nosso visitante foi uma surpresa para mim, uma vez que esperava um clínico rural típico. Ele era um homem muito alto e magro, com um nariz comprido com um bico, que se projetava entre dois olhos cinzentos, vivos, dispostos muito juntos e faiscando brilhantemente por trás de um par de óculos com aros de ouro. Estava vestido de uma forma profissional, mas bastante desleixada, porque sua sobrecasaca estava suja e suas calças puídas.
Embora fosse jovem, suas costas compridas já estavam curvadas e ele caminhava com um impulso da cabeça para a frente e um aspecto geral de atenta benevolência.
Postagem de: Rafaela Oliveira.
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